Bag om A Crise Imperial Romana: A História do Império Romano no Século III Após o Assassinato de Alexandre Severo
Apesar dos desastres, houve pelo menos algumas boas notícias para os romanos. Aureliano e Probo conseguiram recuperar o território perdido e, com isso, parte do prestígio de Roma. O momento decisivo veio com a acessão de Diocleciano em 284 d.C. Daquele ponto em diante, o império passou por um período de restauração, mas, antes de chegar àquele estágio, teve nada menos do que 20 imperadores em 50 anos, mesmo com a exclusão de outros cinco "imperadores" gauleses que se estabeleceram como governantes independentes entre 260 e 274 d.C. O reinado de Diocleciano viu reformas postas em prática para alcançar o fim tão esperado da Crise Imperial, e vários dos imperadores antes dele poderiam ter tido a capacidade de administrar o processo da reforma, mas o poder e o desejo do exército de usar e abusar do poder asseguraram que poucos deles realmente tivessem alguma chance de deixar suas marcas. Foi o pior período da história do Império Romano até então, e, ao mesmo tempo, os romanos foram forçados a lidarem com potências estrangeiras beligerantes e com problemas criados pelo surgimento de províncias cada vez mais poderosas e populosas. As pressões criadas pelo crescimento populacional, tanto dentro quanto fora do império, foram exaustivamente pesquisadas, mas, mais recentemente, questões geradas por mudanças climáticas também chamaram a atenção. A suposição sustentada anteriormente era de que o crescimento da população na Alemanha moderna havia levado grupos hostis para o território romano, e acredita-se, agora, que no Século II d.C., a mudança climática resultou em aumentos significativos no nível do mar, causando inundações em massa e destruições de plantações na Europa Oriental. Isso pode ter concedido às pessoas o ímpeto de migrar para o sul e para o oeste, exatamente no momento em que Roma concentrava-se em conter o Império Persa Sassânida. Muitas vezes se esquece de que o Império Persa era tão grande quanto o dos romanos, além de igualmente bem desenvolvido militarmente durante aquele período, o que explicaria a dificuldade de relacionamento que Roma enfrentou.Enquanto os líderes romanos competiam pelo poder e constantemente lutavam contra guerras civis, as famosas estradas de Roma caíram em desuso, a economia foi prejudicada, o sistema comercial de todo o continente, que floresceu nos anos anteriores, foi substituído por um sistema básico de escambo e houve uma redução no comércio internacional. As pessoas ficaram cada vez mais temerosas por sua segurança pessoal, e a Crise Imperial enfrentou uma tendência crescente de sacrifícios de liberdades e direitos pessoais em troca de garantias de segurança por parte dos ricos proprietários de terra. Tudo isso prefigurou o surgimento do sistema feudal europeu e da servidão. Aqueles foram, obviamente, tempos turbulentos, e dada a volatilidade, muitos historiadores debatem como o Império Romano conseguiu sobreviver e ainda permanecer robusto o suficiente para permitir que Diocleciano e seus sucessores o restaurassem. Dadas as muitas pessoas envolvidas e a era relativamente curta em que tudo aconteceu, os historiadores enfrentam dificuldades para resumir a Crise Imperial Romana, e por isso, apesar de ter sido um dos períodos mais intrigantes da história romana, é muitas vezes negligenciado por estudiosos que optam por se concentrarem nos períodos mais coerentes antes e depois da crise. A Crise Imperial Romana: A História do Império Romano no Século III após o Assassinato de Alexandre Severo examina os 50 anos durantes os quais o Império Romano enfrentou turbulências e quase se separou 200 anos antes de seu colapso final. Junto com fotos que retratam pessoas, lugares e eventos importantes, você aprenderá sobre a Crise Imperial como nunca antes.
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