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Pierre Verger - fotógrafo, antropólogo e pesquisador francês que viveu na Bahia e viajou por muitos países, conhecendo diferentes povos e culturas e estabelece, nos registros fotográficos presentes neste livro, um rico diálogo entre a África Ocidental, o golfo do Benim e o Recôncavo da Bahia, particularmente com a cidade do São Salvador. As mulheres de fé, com toda a sua bela indumentária, são captadas em pleno desempenho de suas funções ou na manifestação de sua religiosidade, exemplos marcantes da relação entre o indivíduo, o sagrado e sua cultura - constituintes profundos de sua identidade. Como afirma o pesquisador Raul Lody, "os conceitos de beleza e de estética estão profundamente relacionados aos conceitos de pertencimento." Muitas são as contribuições culturais dos povos africanos que, desde os tempos da escravidão, passaram a viver no Brasil. Heranças perpetuadas em práticas religiosas, comidas, músicas, danças, contos, mitos... todas revelam que o conceito de estética é permeado pelo sagrado como processo de pertencimento e de representação social.
Águas de comer reúne artigos que exploram a importância da alimentação proveniente de rios e mares a partir de abordagens diversas - biologia, cultura regional, religião, sociedade -, resgatando histórias de comunidades tradicionais. O conhecimento acumulado há gerações se reflete na relação dessas pessoas com os alimentos das águas e com o ofício da pesca. E, assim, o leitor é apresentado a técnicas que envolvem procedimentos específicos de acordo com as diferentes espécies de peixes, frutos do mar, algas - tudo o que pode ser trazido das águas para feiras, mercados, casas, festas e rituais religiosos. Os autores também compartilham receitas típicas nem sempre tão conhecidas pelo público.
A Bahia por si só é um continente... continente de muitas culturas, caldo, pirão de muitos peixes. Aquele que pretende compreender o que é o povo brasileiro tem de se aventurar em muitas diferenças culturais, sabemos, mas a Bahia em especial tem a marca civilizadora das matrizes africanas. Neste livro de Raul Lody, a proposta é experimentar a Bahia pelo paladar, pela boca, pelas culturas misturadas ao longo do tempo às sabedorias culinárias. Compreendendo a Bahia não só por suas festas populares e tradicionais, conhecidas como ,festas de largo,, mas pelo cheiro, pelo perfume do dendê, do cravo e da canela, pelo sabor do camarão e do acarajé, como quer o autor. Trata-se de uma culinária de forte presença de povos e etnias, sendo, ainda, a expressão de um universo variado, que não depende apenas da mistura de ingredientes ou de quantidades específicas, ainda que isso seja evidentemente de grande importância. O que ressalta nessa cozinha é a compreensão afetiva diante da comida, que mistura histórias, conquistas e capacidade de transmutações: a história servida em pratos.
Considerado um dos sete pecados capitais para os cristãos, o conceito da gula como pecado pode ser definido como o desejo insaciável pela comida e bebida, também associado ao egoísmo humano, do ¿muitö, do querer ter mais e não se contentar com o que tem, vício que poderia ser equilibrado pela virtude da temperança. Entretanto, com o decorrer da História, a visão sobre a gula tornou-se plural, dependendo da cultura ela pode ser vista como um sinal de status, ou como fundamental em celebrações religiosas e rituais sociais que reafirmam identidades por meio do quê, como e o quanto se come. Hoje, ainda, o guloso pode estar associado à figura do gourmand e do gourmet, uma gula aceita e valorizada pela sociedade. Neste livro de Raul Lody, a gula é apresentada como uma virtude, liberta de seu princípio moral de pecado, e, ao longo dos capítulos, o leitor poderá se deliciar com as descrições, histórias e impressões do autor a respeito de pratos tradicionais da mesa brasileira. Os textos que compõem esta coletânea levam em consideração os aspectos econômicos, sociais e culturais de ingredientes que revelam a identidade da mesa brasileira, como o coco, bacalhau, tapioca, feijão, sanduíches, frutas, milho, pimentas, bolos, enfim, uma reunião de sabores tradicionais.
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