Gør som tusindvis af andre bogelskere
Tilmeld dig nyhedsbrevet og få gode tilbud og inspiration til din næste læsning.
Ved tilmelding accepterer du vores persondatapolitik.Du kan altid afmelde dig igen.
É lugar-comum pensar que a literatura clássica greco-romana é abundante em homoerotismo, e sabemos como a leitura dos clássicos influenciou pensadores e escritores dos séculos XIX e XX como Havelock Ellis, Oscar Wilde, J. A Symmonds, E. M. Forster, Edward Carpenter, Walt Whitman, Fernando Pessoa ou outros. Mas será mesmo assim? Carlos Miguel de Mora sugere os critérios pelos quais se poderá julgar o que seria uma sexualidade socialmente aceitável na Roma Antiga, permitindo, assim, compreender o que seria o homoerotismo: a "transgressão" à norma, do ponto de vista do pensamento romano. Os resultados são surpreendentes! Alguns tabus sexuais modernos seriam pura e simplesmente inexistentes ou incompreensíveis no mundo latino; outros, como aquilo a que hoje chamamos "sexo homossexual", seria considerado perfeitamente normal e socialmente aceite em certas situações da antiguidade clássica, como neste exemplo que o autor refere: "Com efeito, (...) os escravos não são mais que objetos, e, tendo em conta o que custavam, que o dono não os penetrasse era para os romanos tão absurdo como seria para nós comprar um Mercedes e deixá-lo na garagem sem o utilizar." A leitura deste esclarecedor texto obriga-nos a refletir sobre os nossos preconceitos relacionados com a sexualidade: muitos dos aspetos da sexualidade "normal" da Roma Antiga são "imorais" nos nossos dias. Muita da sexualidade "proibida" hoje seria considerada natural no mundo latino. Assim sendo, o que muitos hoje proíbem ou condenam por contrariar o que é "natural", ou determinado pela Natureza, e logo imutável, parece afinal não ser mais que uma característica cultural da nossa sociedade contemporânea, e muitos dos textos literários catalogados atualmente como "literatura homoerótica latina" não se enquadram, de facto, nesta definição!
O espírito de Natal, sempre tão controverso, foi o mote para o Pixel 3, cujo tema teve inspiração na música Happy Xmas de John Lennon. Tal como nas anteriores edições do concurso, a vertente de histórias verídicas teve um peso relevante, e desta feita com um significado especial, por documentar um lado menos "feliz" do Natal. Esta edição contou com a participação de 27 autores, com 32 histórias (em prosa, em poesia e em vídeo/desenho), cumprindo o objetivo de ter histórias para além da forma escrita em prosa. Pela primeira vez o concurso foi ganho por uma história de ficção e isso deveu-se ao facto de as histórias de ficção terem atingido uma qualidade excecional, confirmando como excelentes escritores alguns dos participantes.
O concurso Pixel (de pequenas histórias lgbt) foi pensado para acontecer no universo dos blogues, na imensa minoria da dita blogayesfera, e já contou com duas edições que decorreram no blogue de que sou autor. O objetivo não foi procurar escritores, mas histórias, fossem elas verídicas ou imaginadas, e contadas das mais variadas formas (prosa, poesia, vídeo, imagens, sons...). A primeira edição do concurso foi dedicada ao tema Good friends are hard to find (título de uma música de Ed Harcourt, que também dá o nome ao meu blogue), por ser um tema que nos é sempre muito caro, e porque no âmago da blogosfera está a procura de amigos, em especial daqueles mais difíceis de encontrar. A segunda edição do Pixel teve como mote Aquele abraço (mais uma vez título de uma música, de Gilberto Gil), porque a blogosfera é também um grande abraço que nos une a todos, incluindo os que estão do lado de lá do Atlântico. Sad Eyes (blogue "good friends are hard to find")
A primeira edição integral em português do clássico de Havelock Ellis sobre homossexualidade. No final do século XIX, Ellis teve a coragem de publicar abertamente um estudo detalhado e desapaixonado sobre a problemática da inversão sexual, que recentemente havia condenado Oscar Wilde à prisão e nos séculos anteriores classificara os culpados do "nefando pecado" como hereges e degenerados.Ao longo de 7 capítulos, Ellis descreve a homossexualidade no mundo, os principais estudiosos da matéria, a homossexualidade nos homens e nas mulheres, apresentando um grande número de casos e depoimentos reais, a natureza e a teoria da inversão sexual, terminando com um capítulo de conclusões. Esta edição conta ainda com dois apêndices, sobre a homossexualidade nas escolas femininas e a homossexualidade entre os vagabundos, e uma extensa lista de tópicos e de autores.
A INDEX ebooks publica a primeira edição integral em português do clássico de Havelock Ellis sobre homossexualidade. No final do século XIX, Ellis teve a coragem de publicar abertamente um estudo detalhado e desapaixonado sobre a problemática da inversão sexual, que recentemente havia condenado Oscar Wilde à prisão e nos séculos anteriores classificara os culpados do "nefando pecado" como hereges e degenerados. No 3° capítulo, Ellis apresenta um grande número de casos reais de indivíduos homossexuais e bissexuais, muitas vezes relatados pelos próprios. Trata-se de um interessantíssimo retrato da homossexualidade no final do século XIX, rico de detalhes, esclarecedor mas, por vezes, emocionante e pungente, como no caso dos extratos seguintes: "E a tragédia do nosso destino é que nós, cujas almas vibram apenas ao leve toque da mão de Eros, somos confrontados com o tabu mais feroz, que inibe muito do que poderia dar sentido às nossas vidas. Todos os outros tabus foram ultrapassados um por um. Será que também este, o último dos tabus, desaparecerá em breve? Sei de vidas assombradas por ele, enfraquecidas por ele, esmagadas por ele. Quanto tempo mais irão os moralistas ocidentais mutilar, estigmatizar e perseguir o que não compreendem?" "Mas no que respeita à minha esperança de melhorar, ir para o Mercy ou para o Inferno vai dar ao mesmo. Sou totalmente incorrigível, completamente incurável e absolutamente insuportável. Em casa, cheguei a pensar que estava curado, mas foi um erro de que me apercebi quando me encontrei com Clifford na passada quinta-feira e fiquei pior que nunca no que se refere à minha paixão por ele. Só o Céu pode saber o quanto tenho tentado transformar-me numa criatura decente, mas a minha vileza é incontrolável e seria preferível, talvez, desistir e morrer".
Tilmeld dig nyhedsbrevet og få gode tilbud og inspiration til din næste læsning.
Ved tilmelding accepterer du vores persondatapolitik.