Bag om A Filha do Regicida
A menina estudava a sua lição de leitura e traçava os seus riscos em silenciosa aplicação; Maria Isabel assistia àqueles exercícios com a face encostada à mão, com os olhos na escrita ou no abecedário, e o pensamento engolfado nas trevas que se espessavam ao longe, na sua mocidade. Nem ao menos tinha para alívio o retrocesso da vida, em busca das alegrias da juventude. Pode ser que então, enquanto Ângela soletrava o Catecismo, de Fr. Bartolomeu dos Mártires, a mãe se estivesse excruciando com as memórias da sua educação, dirigida pelo clérigo, imagem execranda lhe surgia no umbral dos Infernos atravessados pela sua imaginação!Reagindo contra as raladoras tristezas, a viúva do regicida cedeu às instâncias das religiosas que a convidavam a conviver e a distrair-se. Algumas que secretamente se desgostavam de tal familiaridade iam, levadas pelas mais tolerantes, à cela da recolhida.
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