Bag om Filosofia, Psicologia e Psiquiatria: A liberdade na Antropologia de Hegel e a crítica ao modelo mecanicista da psiquiatria
O escrito lança um olhar crítico sobre os conceitos de loucura e desordem mental dominados no séc. xx pelo modelo nosológico da Psiquiatria que defende que a vida mental se reduz a fisiologia e à genética.Da Antropologia de Hegel, filósofo do espírito, mostra-se que a consciência não é uma entidade ideal ou uma coisa material, e revelamos que a loucura não é um defeito fisiológico nem provém do exterior, antes é um fenómeno constitutivo da vida psíquica e da atividade dialética compreensiva do espírito, cuja liberdade e infinitude não se definem nas leis da bioquímica. Com a fenomenologia de Merleau-Ponty, no séc. xx, consolidamos essa ideia de que nem a consciência nem o comportamento humano são reações automáticas, típicas do pensamento causal. Conclui-se a argumentação apelando a investigadores da área da Filosofia, Psicologia e Psiquiatria como Carlos Pires, P. Breggin, T. Szasz ou Laing. Lançamos o desafio para a criação de uma disciplina a que chamamos Filosofia da Psicologia.
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