Bag om Odin e Thor
Um homem caolho, com uma capa cinza e um chapéu de abas largas apoiando-se em uma bengala. Um andarilho que aparece quando menos esperado, trazendo triunfo ou perdição. O deus da profecia, poesia e destino. Um metamorfo. Um feiticeiro. O deus Odin representa uma figura dramática na mitologia nórdica e permanece uma parte da imaginação popular. Ele é a inspiração para personagens como Gandalf o Cinza de J.R.R. Tolkien, e ainda faz parte de literatura moderna tão variada quanto histórias em quadrinhos da Marvel bem como o romance de Neil Gaiman Deuses Americanos.
Ao lado de seu filho Thor, Odin é um dos deuses nórdicos mais bem conhecidos, e é bem fácil esquecer-se que outrora ele esteve no centro de um panteão devotamente adorado por milhões de europeus durante a Idade Média. Odin possui numerosos nomes e títulos (mais de 200 de acordo com uma fonte), mas seu título mais conhecido é o "Pai de Tudo", o co-criador da Terra ("Midgard"), da humanidade e todas as criaturas que habitam esse mundo. Importante notar que ele também é o deus da profecia, êxtase, e poesia, papéis todos profundamente conectados no mundo nórdico, tendo em vista que a linha separando o poeta do profeta era tênue e eles eram tidos como possuindo uma inspiração por uma espécie de fúria extática. Esses papéis eram conectados pelo fato de Odin patrocinar o conhecimento, especialmente o conhecimento místico, já que ele era o descobridor de runas mágicas e músicas que então passou para a humanidade. Isso não foi obtido sem sacrifício - ele teve de arrancar um de seus próprios olhos e permanecer morto por nove dias com fim de adquiri-los.
Odin era um deus da vida e também da morte, e famoso por tomar as almas de guerreiros que morriam em combate de volta ao seu reino de Valhalla. Seu papel estava ligado à sua posição como um deus da guerra, uma posição que talvez não pareça evidente a um leitor moderno para um deus do conhecimento e sabedoria. Entretanto, Odin era o rei dos deuses e o mestre de Asgard; portanto, no entendimento nórdico, uma de suas tarefas cruciais era a defesa daquele reino através de poderio militar quando necessário. Seus seguidores vivos iriam invocá-lo durante batalhas, e dizia-se que ele levou campeões e até mesmo exércitos de humanos ao triunfo.
Um martelo que mortal algum pode levantar. Um deus da tempestade com cabelos de fogo. Um alienígena-herói-deus de histórias em quadrinho que defende a humanidade. A suástica. Até mesmo o dia da semana, "Thursday" - quinta feira em inglês - tem seu nome ("Thor's Day", o dia de Thor). Apesar do virtual desaparecimento da religião e mitologia nórdica vários séculos atrás, a sociedade moderna ainda frequentemente depara-se com o deus da tempestade Thor, que continua a ser trazido de volta à vida na forma da literatura, e foi recentemente o protagonista de filmes de grande orçamento de Hollywood. Por que é que este deus, dentre as centenas (senão milhares) de divindades entregues à lixeira da história ao dar lugar para as religiões hoje mais comuns do mundo, captura tanto a imaginação das pessoas nos dias atuais?
Uma melhor compreensão da atração de Thor pode ser encontrada em quase todo aspecto da história e da evolução da figura ao decorrer dos séculos, incluindo as origens do deus, as imagens evocativas usadas para descrevê-lo, e até mesmo paralelos entre Thor e outros deuses e heróis similares. Tudo isso foi extensivamente explorado pela literatura, em histórias sobre Thor encontradas na Edda prosaica e poética, e a conexão que sociedades tiveram com Thor por centenas de anos, chegando até mesmo à contemporaneidade. Essa obra também examina o declínio e substituição da mitologia nórdica pelo cristianismo, as razões pelas quais Thor foi frequentemente o último deus adorado pelos nórdicos, e o que restou hoje do Thorismo, incluindo seus paralelos em outras fés, seu papel no reaviva
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